2º Turno da Eleição Presidencial de 2022
Por Paulo Henrique
O segundo turno da eleição presidencial está sendo marcado pela polarização entre a DIREITA e a ESQUERDA, como muitos gostam de dizer. Eu, particularmente não sou um admirador dessas nomenclaturas que atribuem características egoistas aos dois lados da polarização.
É triste acompanhar todos os “radicalismos” de uma campanha que deveria ser a grande oportunidade de se falar do Brasil e suas realidades mil, que precisam ser repensadas com sabedoria e equilíbrio pelos nossos representantes políticos.
DIREITA e ESQUERDA não irão conseguir unir e pacificar o país, se continuarem a debater suas pautas egoistas e radicais, esquecendo de que o momento nos pede amor pela democracia, respeito aos diferentes e capacidade de diálogo com todos.
Fala-se muito de fascismo, comunismo, socialismo, populismo etc… E pouco se fala de políticas públicas, economia, desigualdade, políticas de moradia, preservação ambiental, harmonia entre os poderes, combate a corrupção, acesso a universidades e muitas outras agendas prioritárias para o país neste momento histórico.
As tão esperadas propostas, deram lugar às fake News que estão sendo divulgadas sem nenhuma censura.
O fato é que estamos em uma república fragilizada pelo sistema ultrapassado e enraizado, que não aceita reformas e nem se abre para mudanças leves e simples, mas que já iriam fazer uma grande diferença em tudo.
O Congresso já está totalmente definido e pelo visto a polarização egoista vai perdurar por quatro anos no parlamento; lugar de dialogar as mais variadas pautas do Brasil.
Um outro ponto preocupante nesta campanha, é a horrível exploração da fé e o esforço feito para usar o cristianismo como um ponto de convencimento de boa parte do eleitorado. A questão é tão grave e delicada que se a disputa perdurar por muito tempo, vão conseguir aumentar a distância entre católicos e evangélicos, disseminando mentiras sobre os dois seguimentos e sobre a CNBB, condenada por uma parcela pequena de eleitores, como uma Conferência de Esquerda. Um total absurdo e um desrespeito sem prescedentes com os bispos católicos do Brasil, que sempre defenderam a vida, os valores da família, o cuidado com os pobres, a não legalização do aborto, o cuidado com a natureza e os biomas do Brasil, enfim… Quando a CNBB fala de valores inegociáveis para a fé, ninguém exalta a atitude e a postura dos bispos, mas, quando a mesma Conferência levanta a sua voz para defender os pobres, os indígenas, o meio ambiente, o diálogo fraterno com todos, não faltam críticas para condenar a CNBB de comunista, esquerdista etc…
Vivemos um momento confuso, escuro e triste. Precisamos ter a coragem de falar e defender a nossa jovem democracia ameaçada e fragilizada. Precisamos votar, comparecer, escolher, opinar, participar, expor nossas ideias e pensamentos, respeitando a todos os que não pensam como nós. Se queremos o bem do Brasil, precisamos participar do processo e eleger um dos dois modelos de governo que estão diante dos nossos olhos.
Vote e participe!
Não se esquive da grande responsabilidade!
Boa tarde!
Fiquei muito alegre em poder ler uma matéria assim. Só se esqueceu de frisar sobre a educação, o segmento imprescindível para o desenvolvimento de uma nação, o que muitas vezes passamos por dificuldades para saber escolher nossos governantes, devido ao descaso que os mesmos deram ao ensino. Oxalá que pessoas jovens, inteligentes com idéias novas poderiam erguer as rédeas dessa nação tão rica de tudo, entretanto uma das mais caóticas no setor educação, justamente pelo descaso que ao longo das decadas, nossos governantes vem fazendo sobre a nossa educação, focando somente na corrupção; infelizmente é o fator que mais nos levou a essa decadência que, como assim relatou aí na matéria…se não houver uma transformação na escolha, ficar-se-emos à mercê dessa escravidão, só Deus sabe até quando. Mas, temos que reivindicar, mesmo; não podemos simplesmente ficar, “olhando a banda passar”.
Parabéns, meu caro Paulo Henrique.