Nossa gruta e sua beleza particular
Por Paulo Henrique
Estamos vivendo os primeiros dias do mês de maio, mês de Maria e mês das mães. São trinta dias de uma viva espiritualidade Mariana, uma devoção fervorosa e carinhosa para com a Virgem Maria.
O mês de Maria é um presente que oferecemos a mãe de Jesus, reconhecendo as sua virtudes de uma vida totalmente dedicada ao projeto salvador de Deus. Maria serva humilde e pequena; mas em sua humildade encontrou graça diante do Pai e por isso foi eleita como esposa do Espírito e mãe do Filho Unigênito de Deus. Mas na verdade, quem foi Maria? Será que compreendemos de fato a sua presença marcante na história?
Para compreendermos os mistérios de Deus, precisamos mergulhar na graça de seu amor incondicional. Sim, amor que se fez pequeno em um verbo que se encarnou no seio de uma mulher. Mas não poderia ser qualquer mulher, não poderia jamais… A mulher escolhida foi preservada desde sempre e sua concepção foi Imaculada desde o ventre de sua mãe. Por isso, proclamamos o dogma da Imaculada Conceição de Maria.
Ela, pouco falou e nada fez de extraordinário para atrair as atenções de todos; Ela sabia o seu lugar e esperava o cumprimento de todas as promessas de Deus em sua vida.
O Evangelho apresenta Maria como a Virgem do silêncio. Tudo ela via e ouvia, mas nada fazia e nada falava, apenas meditava e guardava tudo em seu coração, assim como fez com a dura profecia de Simeão que premeditou o calvário de Jesus e as dores de sua Mãe Santíssima.
Esposa obediente e casta!!! Maria amou José e viveu a fidelidade de uma união santa e pura, sem ferir a dignidade de sua santidade. Ela só teve um único filho: Jesus Cristo o verbo de Deus. É por isso que proclamamos o dogma de Maria mãe de Deus. Mas ela poderia ser a mãe de Deus? E Deus tem uma mãe?
Sim, Deus se manifestou plenamente em Jesus num mistério profundo de amor que encontrou a plena comunhão pela força do Espírito Santo. Se Deus é trindade e não se pode separar, Deus então esteve como trindade no seio materno de Maria.
Ela foi e continua sendo a mãe de Deus, pois Jesus Cristo é Deus na unidade perfeita da trindade santa; Maria é aquela que vai servir sua prima Isabel e nos ensina assim que é preciso sair em missão, em caminhada para levar Jesus para outras pessoas; Maria é aquela que fica de pé no momento da crucificação de Jesus. Quem mais estava lá? Poucos ficaram até o fim, mas a Virgem estava de pé e não saiu dali até receber o corpo de seu filho morto nos braços.
Maria orante e dócil ao Espírito. Ela estava presente em Pentecostes com os discípulos reunidos no cenáculo no momento em que as línguas de fogo vieram sobre eles. Maria da assunção ao céu. Aqui pode estar o dogma mais incompreendido por nós. Como pode acontecer a subida de uma pessoa humana ao céu sem passar pela morte? E por acaso Maria morreu ou não morreu?
Maria não morreu e não passou pela corrupção. Maria dormiu na Terra e acordou nos braços de Deus no céu, recebendo a coroa da vida eterna. Maria foi coroada como rainha de todos os anjos e santos, do céu e da Terra, de toda a Igreja peregrina. A dormissão de Maria é uma afirmação convicta de nossa fé, pois sabemos que ela já está glorificada na presença de Deus e pode rogar por nós assim como rogou por aquela família nas bodas de Caná da Galiléia.
O culto a Maria é de veneração e respeito. Não se trata de adoração, mas de amor a mãe de Jesus que também é a nossa mãe. Ela acompanhou a Igreja primitiva e continua acompanhando a Igreja nos tempos modernos. Todas as aparições e manifestações de Maria que foram reconhecidas pela Igreja, significam que ela continua sua missão no projeto salvador de Deus e por isso vai mostrar seu amor materno até o momento em que seu filho voltar para julgar os vivos e os mortos.
Maria é a nossa mãe e a nossa rainha!
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