Produção industrial da BA cresce 6,5% em fevereiro, aponta IBGE; percentual é o maior no país

Foi o primeiro aumento da atividade fabril no estado após três recuos seguidos, conforme a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF Regional), divulgada nesta terça (9).

Por G1 BAApós três meses de queda, IBGE aponta crescimento de 6,5% na produção industrial da Bahia

A produção industrial da Bahia cresceu 6,5% em fevereiro de 2019, na comparação com janeiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF Regional), divulgada nesta terça (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi o primeiro aumento da atividade fabril no estado, nessa comparação, após três recuos seguidos. Com o crescimento, segundo o IBGE, foi eliminada a perda de 5,5% acumulada entre novembro de 2018 e janeiro de 2019.

O resultado de fevereiro da produção industrial baiana foi o melhor dentre as 15 áreas pesquisadas pelo IBGE. O desempenho foi ainda significativamente superior ao da indústria do país como um todo, que fechou com alta de 0,7%.

Frente a fevereiro de 2018, a produção industrial baiana também cresceu (2,5%), após ter recuado em janeiro (-5,7%). Nessa comparação, o desempenho do estado ficou um pouco acima da média nacional (2,0%) e acompanhou o movimento de avanço verificado em 10 dos 15 locais pesquisados.

O avanço de 2,5% na produção industrial da Bahia, na comparação com fevereiro de 2018, foi resultado dos desempenhos positivos tanto na indústria extrativa (12,9%) quanto na de transformação (2%).

Das 11 atividades da indústria de transformação pesquisadas separadamente no estado, 5 tiveram crescimento de produção. Os destaques, em termos de magnitude do aumento foram para metalurgia (30,6%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (26,6%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (14,7%).

Entretanto, por seu peso na estrutura da indústria no estado, o segmento automobilístico e a metalurgia foram, nessa ordem, as principais influências positivas no resultado de fevereiro.

A fabricação de veículos teve seu primeiro resultado positivo na Bahia depois de cinco quedas sucessivas (desde setembro de 2018). Já a produção da metalurgia voltou a crescer após ter recuado em janeiro (-11,3%).

Por outro lado, das seis atividades que tiveram quedas de produção em fevereiro, frente ao mesmo mês de 2018, as influências mais fortes vieram, respectivamente, da fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-22,7%, a maior retração) e da fabricação de outros produtos químicos (-6,4%). Ambos os segmentos mostraram o quarto recuo consecutivo.

Ainda de acordo com o IBGE, apesar dos resultados positivos do mês, a produção industrial na Bahia se mantém no negativo tanto no acumulado em 2019 (-1,8%) quanto nos 12 meses encerrados em fevereiro (-0,2%).

O órgão aponta que ambos os resultados estão aquém da média nacional (-0,2% e 0,5%, respectivamente), embora mostrem desaceleração no ritmo de queda em relação a janeiro.

Vendas do varejo crescem
Em fevereiro, vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (0,7%) em relação ao mês anterior. — Foto: Flavio Moraes/G1 Em fevereiro, vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (0,7%) em relação ao mês anterior. — Foto: Flavio Moraes/G1
Em fevereiro, vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (0,7%) em relação ao mês anterior.

Também no mês de fevereiro, as vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (0,7%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após dois recuos consecutivos (-0,2% em janeiro e -8,8% em dezembro/18). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), também divulgada pelo IBGE nesta terça.

Nessa comparação, o resultado do varejo baiano foi o melhor para um mês de fevereiro desde 2010 (0,9%) e igualou ao desempenho de 2012.

Foi também superior ao do país como um todo, onde o comércio varejista ficou estável (0,0%), em fevereiro, com quedas nas vendas em 15 dos 27 estados, destacando-se Paraná (-1,5%), Distrito Federal (-1,1%) e Piauí (-1,1%).

O resultado também foi positivo para a Bahia na comparação com fevereiro de 2018. As vendas do varejo cresceram 5,7%, num resultado significativamente acima da média nacional (3,9%) e o melhor para o mês, no estado, desde 2014 (15,8%).

Nesse confronto, houve predomínio de resultados positivos, que atingiram 22 das 27 unidades da Federação, com destaque para Espírito Santo (12,6%), Acre (9,0%) e Pará (8,2%).

Com o crescimento no mês, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 2,5% no ano de 2019 e mostram uma variação positiva de 0,5% nos 12 meses encerrados em fevereiro. Em ambos os casos, porém, o desempenho ainda está abaixo do verificado no país como um todo, onde as taxas são de 2,8% e 2,3% respectivamente.

O IBGE aponta que o avanço do varejo baiano é fruto de aumentos nas vendas de 6 das 8 atividades, puxadas por móveis e eletrodomésticos (15,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (15,8%)

Em fevereiro, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2018.

Com os avanços mais significativos, os segmentos de móveis e eletrodomésticos (15,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (15,8%) foram também as principais influências positivas no mês.

Além deles, o IBGE destaca o desempenho de outros dois segmentos: os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%), que têm o maior peso no varejo do estado, mostraram o sétimo resultado positivo consecutivo. Já os combustíveis e lubrificantes (0,2%) tiveram a primeira variação positiva nas vendas depois de um ano e quatro meses de quedas sucessivas (desde setembro de 2017).

Dentre as duas atividades em queda, o destaque negativo foi, mais uma vez, para as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-50,6%), refletindo a crise que as grandes redes de livrarias enfrentam, em nível nacional, desde o ano passado.

O outro setor com recuo nas vendas foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,1%), que teve a quarta queda seguida.

Facebooktwitterredditpinterestlinkedinmail