13 de agosto, Dia de Santa Dulce dos Pobres
Por Paulo Henrique
Dulce Lopes Pontes, a santa dos pobres!
Santa Dulce, uma freira frágil e pequenina, muito limitada em suas forças, mas de coração dilatado para o amor e a misericórdia.
Dulce foi um grito profético na Bahia! Ela lutava e realizava, fazendo valer a sua pregação e a fé que professava. Penso que foi a mulher da coerência, pois, fazia o bem mais do que falava.
Dulce não ficou famosa pelos escritos, frases, pensamentos, discursos… Dulce ficou conhecida pela sua caridade, pelo seu amor e carinho com os sofredores de seu tempo.
Dulce foi um escândalo até para a própria Igreja. Pelas normas de sua Congregação Religiosa, nunca poderia sair para um trabalho pastoral e social como o que ela realizou.
Dulce contrariava tudo e todos, mas não se deixava vencer e ia ao encontro dos enfermos.
Seu primeiro hospital foi o galinheiro do Convento. Ela movia o céu com suas orações e movia a Terra com suas ações! Foi um sinal de muita contradição! Dulce sinalizava um caminho de virtudes em contramão ao que o mundo ensinava e vivia. Ela não tinha medo e por ser discípula de Jesus, caminhou pelas periferias existenciais e resgatou muitas almas para Deus.
Dulce transpôs as paredes da Igreja e, naquela época, já vivia a sinodalidade e a igreja em saída que o papa Francisco tanto está nos pedindo agora.
Dulce provoca e nos coloca diante do espelho da vida para observar o nosso comportamento e a nossa misericórdia para com os que sofrem.
Será que somos imitadores de Irmã Dulce ?
Ela alcançou a perfeição e amou até o fim! Passou pelo processo de beatificação e canonização, recebendo o reconhecimento de sua santidade de vida, sendo elevada às honras dos altares.
Teve a oportunidade de se encontrar com Madre Tereza e o Papa João Paulo II. A sua vida ficou marcada por momentos fortes e testemunhos valiosos para o engrandecimento da fé.
Considerada o anjo boa do Brasil, Santa Dulce entrou na lista dos santos e, no dia 13 de agosto, tem a sua memória celebrada no calendário litúrgico de toda Igreja universal.
Suas obras sociais ainda existem na cidade de Salvador e são sustentadas com as ofertas de muitos devotos e fiéis que não permitem morrer o sonho da Santa.
Em Condeúba, a nossa tão estimada cidade, uma Ermida foi edificada em sua homenagem e se encontra num espaço público para a veneração dos fiéis.
A imagem, trazida pela Dra. Ana Maria Terêncio, foi entronizada dignamente e abençoa toda a cidade e o município de Condeúba, sendo um sinal de fé e esperança, uma referência cristã, um ponto de encontro e unidade.
Dulce nos ajuda a sermos amigos de Jesus e fiéis ao Evangelho. Que possamos celebrar bem a nossa Santa, a mulher do nosso chão e que deu a sua vida em favor dos pobres.
Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós!
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