Relação entre pais, filhos e mídias sócias
Por Paulo Henrique
Desejo falar sobre um assunto recorrente e pertinente: relação entre pais, filhos e mídias sócias.
É uma realidade cada vez mais presente: pais que não sabem lidar com os filhos e suas relações com as mídias sociais. Estamos em um tempo moderno, isso é inegável, não dá pra fugir disso. São tantas novidades que, se não houver esforço, ninguém fica atualizado, porém, as crianças e os jovens já nascem bem familiarizados com essa hera digital.
Tudo é bom e tudo também faz um grande estrago. Os pais não assumem o controle e os filhos vão se entregando completamente aos vícios digitais: jogos, aplicativos, redes sociais, programas etc.
O que fazer? Como lidar com isso? Infelizmente não é fácil educar pessoas para os novos tempos. Essa sociedade digital e que só existe nas telas, está formando uma geração fraca, dependente, adoecida e mecânica. São tantas doenças modernas que não se tem diagnóstico para todas as síndromes que são encontradas nos últimos tempos.
Toda criança tem um aparelho em suas mãos, mas nem todas possuem brinquedos, nem todas brincam de terra, gude, pipa, boneca, casinha na árvore, futebol e outras modalidades. Isso é triste!
Tudo foi substituído e nem nos damos conta da velocidade com que isso ocorreu. Muita coisa se passou e não volta mais.
Hoje, o líquido tomou conta das relações pessoas. Pessoas dentro de suas casas já não se olham e não se falam a não ser por chamada de vídeo.
Pais sem controle, filhos descontrolados. Pais sem atitude, filhos acomodados.
São mundos sem dono. Cada jovem, cada criança que vive em suas redes sociais experimentam mundos diferentes, cada um com suas aventuras próprias.
Os jogos de luta, tiro, perseguição, combate, ação, esses jogos já ocuparam o dia a dia de muitos jovens que não têm tempo para outras coisas. Muitos deles até mentem para os pais e afirmam que estão na internet para estudarem, aprofundarem… Que triste! É a cultura do descarte, descartam os pais por meio de mentiras fabulosas que são arquitetadas minuciosamente.
Será que os pais sabem com quem os filhos estão conversando pelas redes e sites de relacionamento? Nem sempre sabem. Muitas das vezes, acham que sabem, mas não.
Tem crianças tão dependentes que não vivem mais sem a tela em frente de seus olhos. Vai comer, leva o celular, vai tomar banho, vai sair, vai para a escola, tudo isso com o aparelho em suas mãos.
Claro, tem muita coisa positiva e precisamos reconhecer os avanços e as conquistas, mas, por outro lado, existe a dependência e o apego excessivo. Existe a falta de controle dos pais e a desobediência dos filhos.
Estamos na hera da tecnologia e isso tem nos ajudado bastante. Vivemos temos modernos e as coisas ficaram mais fáceis, no entanto, muita coisa piorou e precisamos fazer uma autocritica, repensar as atitudes e os comportamentos.
Nada de viver para servir a tecnologia. Precisamos usar a tecnologia em nosso favor, inclusive para a educação que liberta, transforma e muda uma realidade inteira.
Precisamos falar e continuar falando sobre isso. Muito se tem feito para ajudar os pais, mas ainda é preciso fazer mais, muito mais.
Que pais e filhos sejam mais próximos no diálogo pessoal e que as relações virtuais não atrapalhem a cumplicidade de pessoas que se amam.
Nada de substituir o coração de carne por um coração de tela digital.
É o meu pensamento e a minha preocupação, mas eu reconheço que não dá pra viver sem a tecnologia moderna. Só é preciso equilibrar as coisas e aprender a se comportar diante das mudanças de nossos tempos.
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