Salve 2 de Julho!: Agora são 200 anos de independência da nossa amada Bahia
Por Paulo Henrique
Nestes dois séculos do dia 02 de julho, muita coisa foi celebrada, cantada, vivenciada e compartilhada… Muita coisa superada na persistência das conquistas históricas e das lutas por dias melhores, por política públicas, por igualdade, respeito, fraternidade, bem comum de todos.
O dia 02 de julho é o símbolo de uma data que acontece todos os dias com a força de um povo, que não desiste de lutar por seus sonhos.
… livre… Sim, somos uma Bahia livre, um Brasil livre, um povo amante da liberdade, porém, tudo isso teve um preço altíssimo e continua tendo até hoje. Quantos sonhos interrompidos pelo preconceito, pelo ódio da intolerância, pelos ataques aos direitos humanos dos pobres, dos perseguidos e marginalizados? Quanta gente morrendo pelos ataques violentos? Quanta violência sexual infantil? Quantos abusos ? Quantas mulheres assassinadas? Quantos ainda são privados de uma educação de qualidade?
Liberdade sempre foi uma utopia e precisa continuar sendo a razão de nossa luta constante, dia após dia, ano após ano.
Temos hoje uma liberdade cada vez mais sólida. Nossas instituições estão mais fortes e nossa democracia ainda resiste aos ataques que tentam ressuscitar ideias ditatoriais de um regime que não condiz com os valores da liberdade.
E quando eu falo em liberdade, denuncio a libertinagem. São coisas diferentes. Liberdade é respeito, diálogo, compreensão, tolerância, escuta do outro, partilha dos bens e justiça social. Libertinagem é achar que tudo pode, tudo vale, nada é errado, tudo pode acontecer sem uma estrutura organizada e que regulamente os comportamentos de uma população inteira. Libertinagem é a expressão mais dolorosa do preconceito, da intolerância, da falta de respeito com o outro, com o diferente.
A Bahia é a terra da liberdade! Temos de um tudo nas terras baianas… Aqui temos um povo criativo, alegre, um povo que não se cansa de surpreender o Brasil. Aqui é Bahia de todos os santos e de todos os encantos.
Em Condeúba, nos tempos de um passado distante, o dia 02 de julho era sempre celebrado, assim como nos conta o livro de Dr. Tranquilino Torres, mas, com os anos, essa tradição perdeu sua força e, atualmente, nada se realiza na data de nossa independência. Poderia se pensar em realizar um momento com as escolas, com os jovens e com as principais instituições da cidade. Seria muito importante para as novas e futuras gerações.
Condeúba faz parte da independência da Bahia e lutou muito para ser uma parcela viva do Estado e do povo baiano.
Agora, Condeúba continua a lutar… Ainda temos muita coisa pra fazer pela independência.
Quando unimos forças a liberdade acontece e essas forças precisam ser unidas na política, nas comunidades rurais, associações, sindicatos, igrejas cristãs e demais instituições públicas ou privadas, mas que desejam o bem e o progresso de nossa gente.
O dia 02 de julho, não deve ser uma data somente da Capital do Estado. Essa festa deve e deveria causar um amplo movimento de liberdade em todos os municípios baianos, inclusive em Condeúba, uma cidade pequena, com desafios históricos, problemas dos mais variados possíveis e dificuldades em todos os aspectos.
Logo ali está o pleito municipal. Muito em breve as pautas serão levantadas, debatidas, escutadas por todos os condeubenses. Daqui a pouco estaremos diante de projetos políticos que irão oferecer propostas, ideias e pensamentos para melhorar a vida de nosso povo.
É dessa forma que se faz a liberdade, valorizando os processos e escutando as pessoas, sem distinção, mas com respeito e atenção.
Que as forças da liberdade estejam em sintonia de diálogo e comunhão. Que os bons não se calem e que o bem prevaleça sempre. Que exista respeito entre os diferentes pensamentos e que haja capacidade de desfazer velhos conceitos para acolher novas ideias, novos sonhos e melhores decisões em tudo.
Que Deus abençoe a Bahia e o povo baiano!
Viva o dia 02 de julho!
Paulo Henrique é Chefe de Gabinete do prefeito e colunista da Folha de Condeúba
Muito bem PH, você está iluminado pelo Espírito Santo. São 200 anos de independência de um Brasil que ainda não viu sua liberdade total. O desemprego, a criminalidade, a baixa educação, a precariedade na saúde, a falta de moradia digna, o uso desenfreado de entorpecentes, tudo isso nos leva a dependência de poderosos, de multinacionais, do latifúndio, de banqueiros, de políticos corruptos, de traficantes. Entao, a luta por uma independência verdadeira continua hoje e sempre. Lutemos!