Essa porcentagem corresponde a 6,9 milhões de negócios, número que se mantém estável desde maio. O total devido em agosto superou a R$ 149,1 bilhões, com um ticket médio de cada conta atrasada estimado em R$ 2.977.
De acordo com o economista da datatech, Luiz Rabi, a interrupção na queda das taxas de juros, que vinha se mantendo estável, pode contribuir para a permanência da alta inadimplência, principalmente para as dívidas de longo prazo.
“Empresas com esse tipo de endividamento enfrentam riscos maiores e o aumento das taxas de juros pode resultar em pagamentos mais altos, complicando a gestão financeira. A incapacidade de refinanciar ou renegociar essas dívidas pode levar à insolvência. Além disso, a valorização do dólar adiciona uma pressão extra, pois os importadores de insumos ou produtos são diretamente impactados. O fortalecimento da moeda norte-americana encarece essas importações, reduzindo as margens de lucro e prejudicando a liquidez necessária para cumprir com as obrigações financeiras”, comenta Luiz Rabi.
Ainda segundo o indicador, a maior parte das empresas negativadas eram do segmento de “Serviços”, que liderou com 56,0%, seguido por “Comércio” (35,0%), “Indústria” (7,3%), “Primário” (0,8%) e “Outros” (0,3%), que contempla negócios “Financeiro” e do “Terceiro Setor”. Já em relação ao setor das dívidas, a maioria era de “Serviços” (31,2%) e a minoria de “Securitizadoras” (0,7%).
Veja, a seguir, o detalhamento completo deste recorte: Na visão por regiões, o ranking dos cinco estados com a maior taxa de inadimplência das empresas do país em agosto foi constituído por: Maranhão, Alagoas, Amapá, Rondónia e Pará. Já os estados que registraram a menor taxa de contas em atraso foram: Espírito Santos, Goiás, Piauí, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Do total de 6,9 milhões de empresas inadimplentes em agosto, 6,4 milhões eram do porte de “micro e pequenas” que, juntas, acumularam mais de 45,3 milhões de dívidas, totalizando um valor devido superior a R$ 128,1 bilhões. Isso indica uma média de 7 contas atrasadas por CNPJ no Brasil.
Comentários