Dia: 22 de maio de 2018

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS DECRETA PRISÃO DO EX-GOVERNADOR EDUARDO AZEREDO

Ex-governador do estado de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) negou o último recurso do ex-governador do estado Eduardo Azeredo (PSDB) contra a sua condenação a vinte anos e um mês pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no processo conhecido como “mensalão tucano”. O TJ-MG decidiu decretar a prisão imediata do ex-governador de Minas Gerais.

Na sessão desta terça-feira 22, os cinco desembargadores da 5ª Câmara Criminal julgaram não acolher os embargos de declaração apresentados pelo tucano contra a decisão do último dia 24 de abril, quando sua condenação foi mantida por 3 votos a 2.

A prisão do tucano já havia sido pedida pelo procurador de Justiça Antônio de Padova Marchi Júnior na sessão anterior, utilizando como exemplo o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba. No caso do petista, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus contra a prisão após o fim dos recursos em segunda instância.

O chamado “mensalão mineiro”, segundo denúncia do Ministério Público, foi um “esquema de desvio de recursos do governo mineiro, operado pelo empresário Marcos Valério de Souza, para financiar a campanha à reeleição do ex-chefe do Executivo (Azeredo), em 1998”.

Campanha de dois anos do governo Michel Temer foi paga com recursos desviados da Saúde

Foto: Cesar Itiberê/PR

Parte da campanha institucional que marca os dois anos do governo de Michel Temer (MDB) foi paga com verbas publicitárias de outros setores. O desvio maior partiu do Ministério da Saúde, segundo informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

Só essa pasta deslocou R$ 22 milhões, antes destinados a campanhas de utilidade pública, como vacinação, febre amarela e doações de órgão, para a campanha comemorativa do governo, que começa neste domingo (20). Com alguns eventos já realizados, no meio da semana, o governo desistiu do slogan.

“O Brasil voltou, 20 anos em 2” diante da má repercussão. O bordão foi criticado porque, se tirada a vírgula, ele passa a ideia de que o país retrocedeu, mensagem oposta à que o governo quer transmitir.