Como vivia a pessoa mais velha do mundo e quem é a nova recordista?
Colaboração do UOL
Maria Branyas Morera, a pessoa mais velha do mundo segundo o Guinness, que morreu aos 117 anos na Espanha, atribuía sua longevidade a genética e a vida simples que vivia. A japonesa Tomiko Itooka, 116, agora assume o seu lugar.
O que aconteceu
Maria Branyas Morera morreu aos 117 anos em Olot, na Catalunha. Ela era a última pessoa viva nascida em 1907 e assumiu o título de mais velha do mundo após a morte da freira Lucile Randon, que morreu aos 118 ano.
Nascida em 4 de março de 1907, em São Francisco, Califórnia, Maria enfrentou adversidades desde a infância. Sua família voltou à Catalunha durante a Primeira Guerra Mundial, e ela perdeu a audição em um dos ouvidos após uma queda no navio.
Casou-se em 1931 com o médico Joan Moret, com quem teve três filhos. Durante a Guerra Civil Espanhola, trabalhou como enfermeira ao lado do marido e permaneceu ativa até a morte dele em 1976.
Na década de 1990, Maria, já com mais de 80 anos, começou a viajar pelo mundo. Visitou países como Egito, Itália e Inglaterra, mantendo-se ativa com hobbies como costura, música e leitura. Ao longo de sua vida, Maria creditava sua longevidade a bons genes, uma vida tranquila e atividades que mantinham sua mente e corpo ativos.
Em 2000, mudou-se para uma casa de repouso aos 93 anos após contrair pneumonia. Continuou a tocar piano até os 108 anos e manteve uma rotina simples, sem fumar, beber álcool ou seguir dietas rigorosas.
Em 2020, aos 113 anos, Maria se tornou a pessoa mais velha a se recuperar da covid-19. Ela destacou a necessidade de melhores cuidados para os idosos, chamando atenção para o esquecimento dessa faixa etária.
Maria foi oficialmente reconhecida como a pessoa viva mais velha do mundo em 17 de janeiro de 2023. Seu status foi validado por instituições como o GRG (Gerontology Research Group), que confirmou vários recordes de longevidade.
Brasileira aguardava confirmação
Josefa Maria da Conceição, uma agricultora brasileira, aguardava a confirmação do Guinness como a pessoa mais velha do mundo. Nascida em 7 de fevereiro de 1902, em Pilar, Alagoas, Dona Josefa nunca teve seu recorde reconhecido oficialmente. Ela morreu em fevereiro do ano passado.
Assim como Isabel Alves de Carvalho, que dizia ter 121 anos a apresentava documentos que apontam seu nascimento no início do século passado, em 15 de agosto de 1901, Dona Josefa nunca teve o recorde reconhecido pelo Guinness. Elas seriam ainda mais velhas que Maria.
No caso de Josefa, a prefeitura de Pilar chegou a fazer contato com o livro dos recordes no Brasil para tentar registrar a marca em 2019. Ele afirmou que os responsáveis pela auditoria de idade cobraram um valor de US$ 12 mil (em torno de R$ 65 mil), como despesa para reconhecer a marca.
Japonesa agora é a mais velha
A japonesa Tomiko Itooka é agora considerada a pessoa mais velha do mundo, segundo o GRG. Nascida em 23 de maio de 1908, em Osaka, Tomiko assumiu a gestão de uma fábrica na Coreia do Sul durante a Segunda Guerra Mundial e, após a morte do marido em 1979, viveu sozinha por 10 anos.
A idosa foi reconhecida como a pessoa mais velha do Japão em 2022 e, em 2024, como a mais velha do mundo. Ela reside em Ashiya, Hyogo, e é a primeira pessoa da província a alcançar 116 anos.
Inah Canabarro Lucas, uma freira brasileira nascida em 8 de junho de 1908, pode ser a próxima pessoa mais velha do mundo. Descendente do General David Canabarro, Inah superou dificuldades de saúde na infância e se tornou freira em Montevidéu, no Uruguai.
A religiosa vive atualmente em Porto Alegre, onde começou a usar andador aos 110 anos. Em 2022, tornou-se a pessoa viva mais velha do Brasil e das Américas, e em 2024, foi reconhecida como a terceira mais velha do mundo.
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