O PEQUI VEM DE LONGE
Por Thiago Braga
A paisagem do semiárido ganha uma novidade no começo do ano: a chegada do pequi, colhido, distribuído e saboreado pela nossa gente. O pequizeiro é uma árvore troncuda, meio envergada para o lado, com folhas compridas e raízes bem “rasinhas”. Suporta longos períodos sem chuva.
Vale lembrar que o pequi não é arrancado no pé (planta), mas catado no chão. Esse fruto amarelo e gorduroso, possui alto teor nutritivo. Guarda no miolo, uma castanha branca, a chamada “bala”, muito parecida com o coco. Exige de nós, um certo “jeito” para se roer o caroço. O segredo é ter cuidado com os espinhos e aproveitar a raspa melosa do “fruto dos gerais”. O pequi tem cheiro forte, caldo suculento e rende bons pratos servidos em restaurantes da capital.
Antigamente, famílias inteiras acordavam de madrugada a fim de buscar o fruto maduro, trazido em cestas, sacos de pano e caixas. Sempre foi uma fonte de renda para a região. Hoje, em menor número, o fruto é vendido no comércio local. É possível tirar do pequi a essência para fabrico de óleo, remédio, licor e doces.
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