Sindicato denuncia más condições das ferrovias e diz que morte de maquinista era anunciada

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários e Metroviários da Bahia e Sergipe (Sindiferro), a tragédia que terminou com a morte do maquinista George Fagner se deve às péssimas condições em que se encontra a ferrovia nos estados da Bahia.

Segundo o sindicato, no momento do acidente, a empresa Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) praticava a monocondução, ou seja, um maquinista na operação, quando deveriam ser dois. Apenas em 2015, 3 descarrilamentos aconteceram na Bahia, em trechos operados pela FCA/VLI/Vale.

O sindicato diz que faltam investimentos em manutenção, principalmente nos trilhos, e limpeza e regularização de valetas, bueiros e encostas. Segundo o Sindiferro, a FCA/VLI/Vale – Ferrovia Centro-Atlântica S/A não realiza as manutenções necessárias e já demitiu, desde julho de 2013, quando a concessão dos serviços ferroviários nos estados passou as suas mãos, 65 trabalhadores.

Para o Sindiferro e a Federação dos Trabalhadores Ferroviários da CUT, o processo de privatização da ferrovia, definitivamente, não deu certo. Pelo contrário, reduziu em milhares de quilômetros a ferrovia, deixando para trás um patrimônio público federal bilionário abandonado.

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