O que é demência frontotemporal?
- O que a ciência tem feito rumo à cura e à prevenção do Alzheimer?
- Teste de sangue para Alzheimer detecta a doença com 3,5 de anos de antecedência
A demência frontotemporal pode afetar indivíduos de diferentes idades e há casos até de pessoas com 21 anos que desenvolveram o quadro neurodegenerativo. No entanto, a maioria dos diagnósticos ocorre em pacientes que têm entre 45 e 65 anos. De forma progressiva, estes indivíduos apresentam mudanças de comportamento e personalidade, além de perdas na capacidade de comunicação e movimento.
O que é demência frontotemporal?
No momento, a ciência entende que um terço de todos os casos deste tipo de demência é de origem hereditária. Independente dos fatores genéticos, o quadro se estabelece quando algumas proteínas, como tau, TDP-43 e FUS, formam espécies de placas no cérebro e começam a matar as células ativas do local.
Como é a evolução da doença?
No começo, o paciente com demência frontotemporal apresenta mudanças de personalidade atípicas, apatia e pode ter dificuldades inexplicáveis em tomar decisões ou até mesmo em falar (afasia). O indivíduo pode perder a capacidade de compreender e formular palavras para construir uma frase falada. Em outros casos, a fala se torna exitante, como se estivesse inseguro em dizer tal coisa.
Em paralelo, os pacientes começam a desenvolver fraqueza muscular e problemas de coordenação. Dependendo da evolução, eles precisam de cadeiras de rodas para locomoção ou ficam acamados durante o dia. Todo esse processo de evolução da doença (progressão) pode variar de dois a mais de 20 anos.
- Pneumonia;
- Infecções, como as do trato urinário;
- Lesões por queda.
Existe tratamento contra este tipo de demência?
Infelizmente, a ciência ainda não descobriu a cura para nenhum tipo de demência, incluindo a frontotemporal. No entanto, isso não significa que o acompanhamento médico não seja importante. Com a ajuda de equipe multidisciplinar, o paciente pode ter uma melhor qualidade de vida. Neste processo, são prescritos remédios para reduzir a agitação, as dores, a irritabilidade ou ainda a depressão.
Por outro lado, cada vez mais os cientistas avançam na compreensão da doença e potenciais medicamentos são desenvolvidos. Segundo a AFTD, um dos campos mais promissores são os estudos que envolvem a terapia gênica, ou seja, a correção de genes associados com o quadro.
Demência frontotemporal é diferente do Alzheimer?
Vale explicar que a demência frontotemporal se distingue do Alzheimer em dois principais pontos:
Sintomas: inicialmente, pessoas com a doença de Alzheimer não têm problemas na fala e conseguem entender quando alguém se comunica com elas. A principal questão envolve a memória, que não é tipicamente afetada na demência frontotemporal;
Idade: no caso da frontotemporal, a maioria dos diagnósticos é feita por volta dos 60 anos. No Alzheimer, o risco da doença se torna cada vez mais comum com o envelhecimento do paciente.
O caso de Bruce Willis
“Infelizmente, a dificuldade de comunicação é apenas um dos sintomas da doença que Bruce enfrenta. Por mais que seja doloroso, é um alívio ter finalmente um diagnóstico claro”, afirma a família, em comunicado. “Hoje, não há tratamentos para a doença, uma realidade que esperamos que possa mudar nos próximos anos”, acrescenta.
“Bruce sempre acreditou em usar sua voz no mundo para ajudar os outros e aumentar a conscientização sobre questões importantes, tanto públicas quanto privadas”, lembram os familiares. “Sabemos em nossos corações que — se ele pudesse hoje — ele gostaria de trazer atenção global [para a causa] e criar uma conexão com aqueles que também estão lidando com esta doença debilitante”, completam.
A declaração foi assinada por sua atual esposa, Emma Heming, pela ex-mulher Demi Moore e suas cinco filhas.
Fonte: Canaltech
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