O Jornal Folha de Condeúba como de sempre, tem dado total cobertura nos eventos culturais de nosso município e adjacência. Desta vez, a nossa cobertura vai para os Presépios, uma cultura popular que vem crescendo nos últimos anos, tanto na sede como nos distritos povoados e residencias na zona rural. A seguir vamos mostrar 62 presépios feitos este ano de 2022 em todas as regiões do nosso município com as identificações dos nomes das pessoas bem como suas localidades, logo no rodapé desta matéria.
Foi na manjedoura de Belém que o Cristo se fez pequeno e assumiu a nossa condição humana. Deus se despojou da sua glória e veio morar com os pecadores para resgatar a dignidade de toda a criação e suas criaturas. No presépio, o amor se manifesta por inteiro e se oferece sem reservas, pois Deus é amor. Presépio significa representação e quando montamos os nossos presépios em família, estamos revivendo a cena do nascimento de Jesus menino e atualizando o mistério de seu natal. A tradição de elaborar e criar os presépios, nasceu com a mente fértil do jovem Francisco de Assis que idealizou o primeiro presépio, assumindo uma única e exclusiva missão: evangelizar. Na verdade, o primeiro presépio aconteceu na gruta de Belém e foi um presépio vivo com a presença da família sagrada, mas, São Francisco fez uma representação simbólica e até mesmo artística para recordar o nascimento do Senhor. E de São Francisco a tradição chegou até os dias atuais e conquistou o coração da devoção popular dos cristãos: o galo, a vaca, o boi, o camelo, as ovelhas, o anjo, os magos, os pastores… Todos estes são personagens indispensáveis na preparação de um presépio doméstico. Na comunidade condeubense e em muitas de suas famílias, presépios são montados de todas as formas e com características diferentes, expressando a criatividade do povo devoto e que assume a graça do espírito de Natal. Desde os tempos mais antigos em Condeúba, era comum encontrar muitos presépios nas famílias e que as pessoas saiam pelas ruas para visitar, cantar, rezar e contemplar a beleza artística de cada um deles, como o histórico presépio de Zé Mota que era uma atração na pequena cidade. Zé Mota era um artista e confeccionava todas as peças de seu presépio com argila. Fazia tudo com perfeição e tinha o prazer de montar o presépio em sua residência para receber as visitas que chegavam para rezar diante de suas imagens. E assim a tradição foi sendo passada de geração após geração até o ano de 2022, quando os condeubenses continuaram a celebrar o nascimento de Jesus com seus presépios. Este ano, conseguimos recolher algumas fotos dos presépios que foram montados nas famílias da cidade e da zona rural e tentamos organizar uma pequena exposição para fortalecer a cultura e a tradição que não pode morrer ou cair no esquecimento. Se você gosta da cultura e da arte, seja um incentivador dos nossos presépios e não permita que esta tradição cristã e católica seja esquecida ou menosprezada pelas novas gerações.
Fotos e identificações: Arquivo Folha de Condeuba
Presépio de Vanessa Avelar e Jade Avelar em Condeúba
Presépio preparado na residência de Dona Maria de Dodô, na fazenda Tábua.
Presépio da residência de Jarbas, no Bairro Divino Espírito Santo
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