Filtros solares protegem até 90% menos do que dizem os rótulos
Nos últimos anos surgiram diversos tipos de protetor solar. Tem protetor com cor que também protege contra a poluição e em diferentes formatos: em pó, spray, bastão, creme, gel, loção etc. Mas será que todos protegem da mesma forma? Um estudo brasileiro mostrou que não. Publicada recentemente no conceituado British Journal of Dermatology, a pesquisa, liderada pelo farmacêutico e pesquisador Lucas Portilho, avaliou a quantidade aplicada dos diferentes tipos de produtos com proteção solar pelos consumidores e o quanto de proteção eles conferiam.
As formas de protetores testadas foram: em loção, fluido, bastão, pó compacto, pancake (uma base facial, que tem um aspecto mais cremoso e é bem viscoso e pesado) e mousse. Mais de 100 voluntárias participaram da pesquisa que inicialmente avaliou a quantidade real usada pelas consumidoras e, posteriormente a proteção solar que de fato essa quantidade oferecia. “Identificamos que a proteção solar está diretamente relacionada com o tipo de produto.
Com exceção da loção facial, todos os outros tipos apresentaram menos de 50% da proteção original, chegando em valores alarmantes, como o pó compacto, que apresentou 90% a menos de proteção”, afirma Portilho. As formas pancake e pó compacto foram as piores: “Não protegem nem contra raios UVB e nem contra raios UVA. As formas de bastão, mousse e fluido ficaram muito abaixo do valor declarado na rotulagem”, diz o pesquisador.
É provável que a melhor aplicação do fluido esteja associada ao fato de o produto não ser nem tão viscoso e tampouco muito fluido. “O protetor quando é muito fluido espalha melhor na pele, mas isso não significa que a quantidade utilizada será correta. Quando o produto é muito pesado ou viscoso, as pessoas tendem a aplicar menos”, explica o pesquisador.
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