Ex-senador é preso acusado de desviar R$ 400 milhões quando era prefeito de Belém
O ex-senador pelo Pará e ex-prefeito de Belém Duciomar Gomes da Costa (PTB), conhecido como “Dudu”, foi preso nesta sexta-feira (1º) pela PF (Polícia Federal). Costa é suspeito de comandar uma organização criminosa que teria causado danos de R$ 400 milhões à administração municipal, segundo a força-tarefa formada pela PF junto com o MPF (Ministério Público Federal).
A operação, chamada “Forte do Castelo”, mira fraude em licitações e desvios de verbas em licitações e desvios de recursos públicos, em um esquema que envolvia “pessoas, cujos vínculos profissionais, familiares e pessoais orbitam em torno de ex-prefeito”, diz a PF, que também atua em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a Receita Federal nesta ação.
Divulgação/PF Agentes da Polícia Federal apreenderam notas de dinheiro na casa do ex-prefeito em São Paulo Costa, que foi senador entre 2003 e 2004, comandou a capital paraense de 2005 a 2012. Segundo as investigações, as pessoas envolvidas no esquema “nunca demonstraram capacidade financeira, tornaram-se titulares de empresas e passaram a receber volume significativo de recursos públicos, em contratos diretos com a prefeitura de Belém ou em subcontratações”.
De acordo com a Receita Federal, em alguns casos, empresas vencedoras das licitações subcontratavam outras empresas, “e essas subcontratadas é que efetuavam os repasses de recursos aos integrantes do grupo criminoso”. “Tudo com o provável intuito de dificultar o rastreamento em fiscalizações”, diz a nota. Segundo a PF, o ex-prefeito foi levado para a superintendência da instituição em Belém.
Os agentes apreenderam dinheiro vivo nas residências do ex-prefeito na capital paraense e em São Paulo. As notas, em reais, dólares e euros, equivalem a R$ 210 mil, segundo a PF. A investigação teve origem após solicitação do MPF à CGU para analisar processos licitatórios da prefeitura de Belém com a participação de quatro empresas investigadas. “As fiscalizações “As fiscalizações constataram indícios de fraude ao caráter competitivo e o direcionamento de licitações para beneficiar as empresas, todas vinculadas ao grupo de pessoas ligadas ao ex-prefeito, diz a CGU.
Os investigadores apontam ter um “conjunto robusto e consistente de indícios que aponta para a fraude ao caráter competitivo e o direcionamento” de licitações, que resultaram na contratação de empresas do grupo ligado ao ex-prefeito.
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