Condeúba: Enchente de 29/10/2018, iniciou pela água, passou pelo fogo e terminou em cinzas

Por Oclides da Silveira

A Barragem do Baixão depois de quebrada

Tudo começou no início da noite do dia 29 de outubro de 2018, foram 5 horas de muita chuva com relâmpagos, trovões e bastante vento, como bem disse a “Tia Beca”, (uma Senhora de quase 96 anos), foi um verdadeiro dilúvio, nunca choveu aqui tanto de uma só vez na Comunidade do Olho D’água, foram cerca de 200 milímetros de chuva  que caiu naquela noite de primavera. Conforme matéria da Folha publicada na época. 

Paulo Luz Superintendente da Defesa Civil do Estado da Bahia esteve visitando as localidades atingidas pela chuva que foram: Baixão, Olho D’água, Canabrava e Riacho Seco de Gerosino. Na oportunidade Paulo Luz solicitou a Prefeitura que cadastrasse as pessoas atingidas pela chuva e que tiveram prejuízos materiais, para que eles fossem ressarcidos pela Defesa Civil do Estado. Vide matéria na Folha.

Assim sendo, a Prefeitura iniciou de imediato o cadastramento, fez as cotações  dos “kits” alimentos, materiais de higiene, dormitórios, água mineral e lançou no sistema da Defesa Civil, os quais foram 56 pessoas/famílias. Fizemos contato com a pessoa responsável do setor da Prefeitura e ela nos informou que já protocolou também na Defesa Civil Federal e está aguardando o resposta.

As pessoas que foram atingidas e tiveram prejuízos materiais, já estão angustiadas com a demora do atendimento da Defesa Civil, muitos começaram a fazer coivaras dos móveis estragados pela chuva e atearam fogo nos mesmos, conforme foto abaixo.

Queima dos móveis danificados pela enchente do dia 29 de outubro de 2018

Agora tudo virou cinzas, foram muitas lutas para adquirir os móveis das casas atingidas pelas águas da chuva, os prejuízos materiais para as pessoas dessas localidades, foram de grande monta, pois, são pessoas de classe média baixa, sendo que a maioria nem se quer tem um trabalho fixo, por isso, a grande dificuldade para comprar novos móveis para suas casas. “Estamos contando os dias para que a Defesa Civil comece a nos reembolsar, desta forma, teremos nossos lares devidamente reconstruídos, pois hoje 19/1 já está completando 80 dias sem nenhuma solução por parte do Poder Público”, afirmou uma Senhora que teve seus bens móveis totalmente estragados.

Tudo virou cinzas, foram muitos sonhos realizados, que agora voltaram a estaca zero

Fotos: JFC

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