Diante da iminente instalação da Barragem de Rejeitos da Mina Pedra de Ferro, em Guanambi, a 141 km de Brumado, liderada pela Bahia Mineração (Bamin) na região do Alto Sertão, o Movimento Vida Sim, Barragem Não, composto por integrantes da sociedade civil organizada, tenta impedir a execução do projeto nos moldes impostos pela empresa responsável.
O movimento citou os últimos acontecimentos em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), os quais deixaram mais de 260 mortes confirmadas após o rompimento das barragens nos municípios. “Os prejuízos materiais e sociais são irrecuperáveis. As perdas atingiram, de modo irremediável, o geossistema e, principalmente, a vida dos moradores”, destacaram.
Segundo o movimento, a instalação de uma barragem de rejeitos na região pode trazer danos ainda maiores, uma vez que o local escolhido para sua alocação se encontra acima da Barragem de Ceraíma, principal reservatório de água potável do entorno.
A escassez de água tenderia a se agravar, conforme salientaram, uma vez que a área destinada à construção da barragem fica localizada entre os municípios de Caetité, Guanambi, Pindaí e distritos circunvizinhos, os quais possuem potencial hídrico que abarca a bacia do Rio das Rãs e, consequentemente, o Rio São Francisco.
“A Bamim poderá utilizar até 1.620 m³ de água por hora do rio, água que deixará de abastecer os habitantes dos municípios supracitados”, disseram. Na tentativa de impedir a implantação do projeto, o movimento realizará na próxima quinta-feira (06), às 7h30, na Praça da Igreja Matriz Santo Antônio, em Guanambi, uma manifestação a favor da vida.
Comentários