Bolsonaristas queimam carros e tentam invadir sede da PF em Brasília
A polícia tenta dispersar os manifestantes usando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. O grupo, porém, revida atirando paus e pedras em direção aos policiais.
Após o indígena ser levado pela PF, cerca de 200 apoiadores de Bolsonaro, portando armas de madeira, foram para a frente da instituição para protestar. Vias próximas à sede da corporação, na área central de Brasília, foram fechadas. A Polícia Militar ajuda a fazer a segurança do prédio.
Enquanto a PF tenta afastar os manifestantes da sede da instituições, os manifestantes começaram a vandalizar carros estacionados nas redondezas. Veículos que estavam estacionados ao lado de um dos principais shoppings da cidade, em frente à sede da corporação, foram alvo.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
“Segundo a Polícia Federal, Serere Xavante teria realizado manifestações em diversos locais de Brasília, notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos”, diz nota enviada pela Corte.
“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, registrou a PGR.
Na semana passada, a PF já havia prendido um empresário que participava de manifestação antidemocrática em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. A ordem partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após ele convocar atiradores para protestar contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
- por Patrick Camporez, do O Globo
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