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Brasil perde a chance de liderar transição sustentável, diz WWF

Novo levantamento feito pelo WWF-Brasil mostrou que 190.000 quilômetros quadrados de áreas protegidas estão ameaçados na Amazônia. Em junho, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia Legal brasileira atingiu 920 quilômetros quadrados, um aumento de 88% em comparação com o mesmo mês no ano passado.

De acordo com a Veja, em meio aos novos dados, o Fundo Amazônia, maior projeto de cooperação internacional para preservar a floresta amazônica, corre o risco de ser extinto. Em dez anos, recebeu 1,3 bilhão de dólares em doações dos governos da Noruega e da Alemanha. Os valores são repassados de acordo com os índices de redução de desmatamento no bioma.

Segundo o diretor de Conservação e Restauração de Ecossistemas do WWF, Edegar de Oliveira Rosa, o mercado global começou a tomar medidas sobre como as suas ações podem reduzir o impacto nas mudanças climáticas e nas ameaças à biodiversidade. “Países europeus estão de olho no desmatamento do cerrado, por exemplo, que está vinculado aos produtos que chegam para eles, como a soja e a carne”, explicou.

Para Rosa, os países vão ter cada vez mais políticas econômicas e restritivas contra o desmatamento. “Nós ainda temos mais de 60% do território coberto por vegetação nativa.

A poupança em área verde ainda é grande, mas já consumimos bastante dela, sendo que desmatar não é essencial para o desenvolvimento do agronegócio. O Brasil tem condições de atender a produção agrícola sem precisar derrubar mais floresta e o país pode ser uma liderança global”, afirmou Rosa.

MPF cria grupo de trabalho para tratar da Bacia do Rio São Francisco

image_previewA Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Público do Ministério Público Federal (MPF) decidiu, nessa terça-feira, 9 de agosto, criar grupo de trabalho com o objetivo de construir estratégias para a preservação ambiental da Bacia do São Francisco. A criação do GT foi definida no encerramento do 1º Encontro do Comitê da Bacia do São Francisco com membros do MPF.

Composto por procuradores da República de sete estados, o GT vai acompanhar a implementação do plano de revitalização do rio São Francisco com foco nas recomendações do Tribunal de Contas da União. Nessa terça-feira, o governo federal anunciou a revitalização do São Francisco, com a previsão de investimentos iniciais de mais de R$ 900 milhões.

Os objetivos estratégicos de atuação do GT contemplam, ainda, a garantia da execução dos instrumentos de gestão de recursos hídricos do rio São Francisco e dos afluentes que integram e alimentam a bacia, além do apoio para a implementação da Fiscalização Preventiva Integrada em todos os estados que compõem a Bacia Hidrográfica. O FPI é um programa que reúne diversos órgãos públicos na prevenção e combate a degradação ambiental na região do São Francisco.

“A criação do GT é um dos exemplos do novo modelo de atuação do MPF na matéria ambiental, dividido por bacias ou biomas”, ressaltou o coordenador da Câmara de Meio Ambiente do MPF, subprocurador-geral da República Nívio de Freitas.
O GT será formado pelos procuradores da República Manoel Gonçalves (AL), Carolina Martins (DF), Fernando Túlio (GO), Polireda de Medeiros (PE), Lívia Tinôco (SE), sob coordenação de Antônio Arthur (MG) e Pablo Barreto (BA).

Experiência Amazônica – No segundo dia do evento, o procurador da República Daniel Azeredo apresentou a experiência de fiscalização e controle ambiental implantada na região amazônica, com base principalmente no uso de tecnologias de imagem via satélite. Segundo o procurador, membro do GT Amazônia Legal, o mesmo mecanismo poderia ser utilizado na bacia do São Francisco. O GT, segundo ele, foca o seu trabalho numa atuação planejada e isso tem rendido bons resultados na região. Mas também lá, como na bacia do São Francisco, há sérios problemas, “como a falta de integração entre os órgãos estaduais e a ausência de uma discussão mais técnica no campo da agricultura”.

Encontro – Entre os dias 8 e 9 de agosto, procuradores da República e integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) se reuniram em Salvador, Bahia, para buscar estratégias para debater problemas enfrentados na bacia do São Francisco.

Participaram do encontro representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), Associação Executiva de Apoio à Gestão das Bacias Hidrográficas Peixe Vivo (AGB Peixe Vivo), Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (CBHSF), Ministério Público do Estado da Bahia/Núcleo de Defesa da Bacia do São Francisco (NUSF), tribunal de Contas da União (TCU), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado de Pernambuco (SEMAS/PE).
Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal na Bahia