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NORTE DE MINAS GERAIS PRODUZ MEL DE AROEIRA

Por Thiago Braga

Raiar do dia na zona rural de Monte Azul – MG

Soubemos da larga produção de mel no interior de Minas Gerais. A região, arrasada pela seca, enfrenta meses e meses sem chuva. Gado magro no pasto, feixes de lenha ao invés de arbustos. Água retirada em pequenas cisternas nos quintais das propriedades rurais, além de reservatórios feitos a base de cimento mantidos pela COPASA. Isto, na superfície das rochas, “driblando” o mato crespo. Um meio seguro de “captar” o líquido precioso. O solo é bastante duro, a terra cor de chumbo. Os “gerais” parecem imenso tapete aberto, de modo horizontal, na beira da rodovia.

A quantidade de “melado”, proporciona o comércio regular da especiaria. Aliás, muito bem aceita no mercado, a exemplo de mercearias, docerias, padarias, armazéns, empórios, etc.. A prova cabal é, sem dúvida, o “preço caro” da guloseima. Por vezes, variável, de acordo tamanho do vasilhame e “peso neto”. Este é o “vilão” da cozinha mineira. Adoça a culinária interiorana. O popular “mel de aroeira”, por sua vez, torna – se o “ponto alto” da economia norte. Dentre outros produtos nativos, destacam – se polpa de frutas, iogurte, queijo (distribuído nas chamadas “queijarias”), doce de batata doce, biscoito avoador, cera de abelha e sabão caseiro.

Como é notório, o mel que estamos falando, ocupa lugar especial na mesa. Após passar por processo industrial, os “mini – potes” ganham as prateleiras dos supermercados em todo país. Cheiro e sabor sem igual. Teor nutritivo. Voltando ao assunto, o número de entregas e pedidos, não “cessa”, cujo escoamento é feito pela estrada vicinal.

Caminhões truck e carros com carroceria fazem o “carregamento” dos vidros dentro de caixas de papelão ondulado. Dali, seguem para grandes centros, formando aliança externa com outras cidades do eixo macro – econômico. A visão que temos da “paisagem pobre”, parte dela coberta de capim, se converte à esse “alimento açucarado”, essencial no cardápio.