Piripá: O povo se revolta e exige saída do Delegado de Polícia Dr. Florisvaldo Nery da Cruz

Por Oclides da Silveira

piripa 1 - CópiaNo dia foi 25 de outubro de 2017, iniciou-se em Piripá/BA., um movimento de protesto contra o Delegado de Polícia da cidade Dr. Florisvaldo Nery da Cruz, o ato começou em frente da Prefeitura com uma caminhada até a BA 263, onde foi interditada a Rodovia, no final da tarde os manifestantes protestaram em frente a delegacia, só encerrando o movimento após uma reunião com o juiz e Promotor da Comarca, Coordenador da Disep, Dr. Cléber e o Comandante Orta, o Prefeito Flávio, o procurador do município Dr. Saulo e o Presidente da Câmara Eurico João.
O ato foi exclusivo pela saída do Delegado Dr. Florisvaldo Nery da Cruz, pela ineficiência do trabalho prestado na cidade. Cerca de 1.500 pessoas compareceram ao ato de protesto.

Tentamos um contato com o Delegado, mas não foi possível, então reproduzimos essa fala dele, que dizia faltar estrutura, numa matéria publicada em 10 de julho de 2013, no Blog do Anderson.

O delegado Florisvaldo Nery da Cruz, que atua na cidade desde 2001, conta que existe uma quadrilha sob investigação. Alguns suspeitos, incluindo menores de idade, já foram identificados, porém, a polícia civil afirma não ter estrutura e pessoal suficientes para dar seguimento às investigações no município. “A primeira dificuldade é geográfica. Não temos como atuar nessa área que é de difícil acesso. São quilômetros de distância entre uma casa e outra. Fica muito difícil localizarmos os criminosos apenas com a equipe em terra”, conta. O delegado Florisvaldo denunciou ao Correio24horas que apenas ele atua na delegacia. “As celas não possuem estrutura física para manter presos, quem faz a limpeza do local é minha esposa”. Ainda de acordo com o delegado, o escrivão encaminhado para trabalhar no município está afastado para tratamento médico.

“Só podemos prender em flagrante ou após investigações. Estou colhendo, a partir das ocorrências, provas para pedir prisão preventiva desses suspeitos, mas não terei condições de levar o caso adiante. Não tenho equipe, nem estrutura para manter presos. Só há banheiro na área do banho de sol, onde um preso já fugiu. A cela reserva para mulheres também está arrombada, por conta da fuga de um preso. Trabalhamos em parceria com a PM, mas a região é bastante vasta. Após qualquer crime, o suspeito pega um transporte alternativo e foge na madrugada”, revela. Ainda de acordo com o delegado, a maior parte das vítimas não procura a delegacia para denunciar os crimes. “Isso também impossibilita a ação da polícia. O povo acha que não vai dar resultado e também tem medo de represálias, já que os suspeito pode voltar caso seja solto ou nem seja preso. Na zona rural também não pega celular e eles acabam ficando isolados”, explica.

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