Condeúba: Tempo de Santo Reis

Dentro das festas natalinas entre os dias 2 e 8 de janeiro, a Igreja celebra a festa do Natal e da Epifania do Senhor. São duas celebrações diferentes do mesmo mistério do nascimento do Salvador.

Enquanto no Natal celebra o nascimento, na Epifania, palavra grega que significa manifestação, celebra a revelação do filho de Deus às nações do mundo. Simbolizada por três personagens exóticos, que no conto do Evangelho de Mateus 2, 1-12 são chamados de magos. Não se sabem quantos, porém, eram pessoas que orientavam suas vidas pelo conhecimento da natureza e pelos astros.

Eram astrônomos ao modo daquele tempo. Prova de que a natureza é uma via que leva ao conhecimento de Deus. Os reis magos eram 3 irmãos: Melquior, que reinava sobre os persianos; Baltasar, que era rei dos indianos, e Gaspar, que dominava no país dos árabes.

Estes personagens foram importantes para Mateus e são importantes para nós até hoje. Pois, representam os povos, que sem passarem pelo judaísmo, chegaram ao cristianismo.

Todos nós viemos ao encontro de Jesus, na Igreja, pelo Batismo. No nordeste brasileiro, no dia 6 de janeiro desenvolvem a tradição dos Reis a partir desses três personagens.

A peregrinação de Santo Reis começou a partir da zero hora dessa sexta-feira dia 1º de janeiro de 2016. Com as várias companhias de Reis existentes no município de Condeúba, saíram para recontar a história do nascimento do menino Jesus, cantando e louvando de casa em casa a vida do nosso Salvador.

A tradicional Companhia de Reis da Comunidade do Olho D’água, que é liderada pelo mestre da viola Juvenal Pardinho, saiu este ano na missão especial de cumprir uma promessa feita pela Sra. Iracema dos Santos Pereira Costa, esposa do popular “Dãozinho” que é membro do mesmo Terno de Reis.

Promessa feita e alcançado a graça, segundo a Sra. Iracema, por isso, eles cantaram as seis noites seguidas em localidades diferentes, visitando em média 20 casa por noite. A promessa da Sra. Iracema será encerrada com a reza de uma Ladainha nesta noite do dia 6 de janeiro em sua própria casa na Fazenda Baixão.

IMG-20160105-WA0027
Terno de Reis do Olho D’água / Baixão

O Terno de Reis esteve composto este ano com os seguintes membros: Juvenal Pardinho (líder), “Dãozinho”, “Zé de Luisa”, Miro, Dimas, Elpídio Pardinho, Ananias , Antonio Costa e “Toninho de Militão” (sanfoneiro).

A Companhia de Reis do Mangarito que atua com gaitas, por isso, sem sanfona, está formada há 8 anos, saiu as seis noites com bandeira que significa estar cumprindo promessa. Este ano foi composta com os seguintes membros: Helio Quirino Medeiros (líder), “Pombo”, “Jatobá”, “Bebé”, Antonio, Orlando, Geraldo, Vaninho, Dagmar, Vitinho, “Loro” e Salvador.

IMG-20160105-WA0026
Terno de Reis do Mangarito

A Companhia de Reis da Cerquinha que é tradicional de muitas décadas, saiu as seis noites, desta feita sem bandeira, por isso, não estava cumprindo promessa e sim para manter a tradição. O Terno de Reis trouxe muita alegria e algumas inovações, com jovens e mulheres inseridos no contexto, contando e dançando, com isso significa que a tradição será mantida por mais tempo.

IMG-20160105-WA0024
Terno de Reis da Cerquinha

O Terno de Reis este ano foi composto pelos seguintes membros: Odomiro (líder), Agnaldo, Valdenor, Reinaldo, Osmar, Amerindo, Manoel (Tucha), “Zé de Maçú”, Bruno Kurai, Francisco, Juraci, Luciene, José de Custódio, os sanfoneiros “Zé de Fel” e “Zé Branco”.

Colaborou nesta matéria, o Pe. Osvaldino Barbosa

Facebooktwitterredditpinterestlinkedinmail