Condeúba: Há 26 anos atrás morria o maior líder político condeubense, Antônio Farias Terêncio

Por Agnério Evangelista

                                                                     Antônio Farias Terêncio

Antônio Farias Terêncio é filho de Apolônio da Silva Terêncio e dona Sinésia Farias Terêncio. Nasceu em 27 de maio de 1926 na Fazenda Cachoeira no lugar denominado “Deus me livre”. Na época, a família havia se retirado para o campo, porque a Coluna Prestes ocupava a cidade e não havia condições de se proteger da fúria dos revolucionários, comandados por Luis Carlos Prestes e Antônio Siqueira Campos. Seus irmãos são: Geraldo Terêncio, Eunice Gomes (in memória), Rita Oliveira, José Maria Terêncio e Maria do Rosário Amorim.

Terêncio estudou o curso primário em Condeúba de quem foi aluno do ilustre Professor Álvaro Miguez Garrido o qual foi homenageado por ser inteligente, dinâmico e competente discípulo, em sessão solene. Concluiu o antigo primário, hoje, Ensino Fundamental I, com distinção. Católico fervoroso punha a sua confiança sempre em Deus. Exerceu a profissão de pecuarista, comerciante e político.

Como comerciante, negociava com peles, mamona e cereais de modo geral. Adquiriu larga experiência no ramo dos negócios, comprou caminhões para o trabalho e prosperou-se. Foi proprietário do “Armazém Cruzeiro” em Vitória da Conquista onde residiu por uns dez anos.

Casou-se em primeiras núpcias com Delza Viana com quem teve duas filhas: Ariádne Vianice Terêncio Costa e Maria Luíza que faleceu aos dois anos e meio de idade. Ariádne é casada com Sandoval Ramos Costa. Do casamento com Djalma Alves de Sousa nasceram os filhos: Ana Maria de Sousa Terêncio, casada com José de Sousa Neto; Antônio Farias Terêncio Filho vereador atual, casado com Mara Rúbia Queiroz, que é a atual Vice-Prefeita. Outro filho dileto do casal Terêncio x Djalma é José Augusto de Sousa Terêncio casado com Jussara Bandeira.

Antônio Terêncio Filho, Djalma Alves (Segunda esposa), Ana Maria e José Augusto Terêncio
Entretanto, foi na política que Terêncio mais se destacou, durante a sua vida. Antes de ser prefeito, exerceu o cargo de vereador por três legislaturas. Foi eleito prefeito pela primeira vez em 1970 e governou o município de 1971 a 1972; reelegeu-se em 1976 e administrou por seis anos, de 1977 a 1982; apresentou dona Djalma como sua sucessora a qual foi eleita para o período de 1983 a 1988; indicou o Dr. Marcolino Neto e o filho de Gervásio e dona Santinha foi eleito pela primeira vez para o pleito de 1989 a 1992.

Marcolino apresentou o sucessor, Dr. Antônio Terêncio Farias Filho que ganhou a eleição e comandou o município de Condeúba de 1993 a 1996. Ao todo, Terêncio foi o maior líder político de todos os tempos em Condeúba, por trinta e quatro anos ele comandou o processo político local. Era amicíssimo do governador Antônio Carlos Magalhães e também de Santo Antônio da Barra que junto a ele formaram um trio imbatível politicamente.

PREFEITO                                                                                                                                                           Terêncio foi membro da antiga UDN, passou pela ARENA, PDS e por último no PFL. Assim como ACM era chamado na Bahia de “Malvadeza”, Terêncio foi denominado de “Terrível” por seus adversários. Porém, a terribilidade dele era trabalhar para o bem do povo do município.

No livro “Condeúba, sua história, seu povo”, de autoria do Professor Agnério, há breve registro de algumas realizações efetuadas por ele:

“Outro político de grande influência foi o Sr. Antônio Terêncio, de saudosa memória, o qual governou o município com fé, garra e coragem. Foi na sua gestão que se implantou na cidade o Banco do Brasil, instalou-se a COELBA, a EMBASA e a linha telefônica da Telebahia. A escola de Ensino Médio, que era particular, tornou-se pública com o nosso Colégio Estadual de Condeúba. Foi construída a Escola Prof. Álvaro Miguez Garrido e erguido o Fórum Desembargador Jaime Bulhões, além de inúmeras obras e outras realizações concretizadas. (2015, p. 188)”.

Podemos acrescentar a estas, outros feitos como pavimentação das ruas Padre Waldemar, Praça Santo Antonio, Rua 15 de Novembro, Praça 2 de Julho, construção do Complexo Policial, etc. O contraste de obras na zona rural e urbana.

Antonio Terêncio faleceu no dia 19 de novembro de 1992 aos 66 anos de idade. Problemas cardíacos levaram o grande homem que muito trabalhou por Condeúba. Seu corpo está sepultado no Cemitério Municipal Barão José Egídio de Moura Albuquerque na sede.

Obs: – Esta biografia é um anexo do processo de Autorização da Escola Municipal Antônio Terêncio, situada na Vila Judiciária do Alegre neste município.

Fontes:
Informações de Ariádne Vianice e Rita Terêncio
Tribuna da Chapada, 07 a 20 de setembro de 1981
Tribuna do Sertão, 20.11.1992
Direito de Expressão – Condeúba (Jornal local), maio/2002                                                                Jornal Folha de Condeúba 18 de novembro/2016

Fotos: Arquivo familiar

 

 

 

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