Condeúba: Executivo, Legislativo, Embasa, Igreja e população discutem situação da Barragem Champrão

Por Oclides da Silveira

Audiência pública da Embasa sobre ouso de água da Barragem do Champrão

Nesta manhã de quarta-feira dia 9 de maio de 2018, aconteceu uma audiência pública no Salão Políbio Rodrigues de Carvalho na Câmara Municipal, envolvendo  o Executivo e o Legislativo Municipal, Embasa, Igreja Católica e parte da população condeubense, na oportunidade foi  discutido a real situação da Barragem Champrão.

Participaram da Audiência Pública pelo Executivo o Prefeito Silvan Baleeiro, os Secretários Municipais de Agricultura Leonardo Farias, da Administração Antonio Sousa, de Finanças Aildo Santos,  Cultura Ygor Roberto. Legislativo estiveram presentes o Presidente Silvano dos Santos e os vereadores Adailton Ramos, Arlindo Cruz, Antonio Chaves, Reginaldo Nascimento, Conceição, Carlito, José Reis, Maurílio Guilherme e o vereador de Piripá JURANDI COSTA VIANA. Pela Embasa esteve o Diretor Regional Dr. Joselito Pires Lima que declarou trabalhar na Embasa há 40 anos e Gerente local Sr. Claudio. Representando a Igreja Católica o Padre José Silva Figueiredo além de parte do povo condeubense.

Vereador de Piripá – Jurandi Costa Viana

Pela ordem falou o vereador de Piripá Jurandi “disse que estava representando a comuna piripaense com intuito de ajudar a buscar uma saída para a atual situação que a principio nos parece muito delicada, o que precisamos é unir forças em prol da busca das soluções para que o povo não sofra tanto como já está sofrendo. A seca se antecipou as gestões da água de certa forma foi pego de surpresa, agora precisa que a população seja inserida neste contexto, precisamos discutir o planejamento da água juntamente com o povo”, disse o parlamentar Jurandi.

Secretário da Administração Antônio Sousa

O Secretário de Administração Antonio Sousa “disse que a Prefeitura já vem tomando algumas medidas de precaução com relação ao uso da água abastecimento e pelos caminhões pipas dentre outros, protocolamos oficios junto ao Denocs falando das nossas preocupações, fizemos uma roda de conversa na Radio Liberdade, publicamos essa mesma matéria no Blog DDez e no Jornal Folha de Condeúba. Nessa matéria esclarecemos a real condição e os limites da Prefeitura em relação ao controle da água da Barragem Champrão, Ele fechou sua fala admitindo que o racionamento será uma das possíveis saída para resolver essa situação”, concluiu o Secretário da Administração.

Prefeito Silvan Baleeiro de Sousa

O Prefeito Silvan Baleeiro “disse chegou o momento do debate de forma prematura dado a antecedência da seca em nossa região, há menos de 60 dias recebemos do Denocs recomendações para ter cuidados com os moradores das encostas no período das chuvas, hoje estamos discutindo e buscando formas para economizar água lamentavelmente. Temos muitos problemas para levar água até as barragens, os rios na sua maioria não tem mais os antigos canais ou leitos foram todos assoreados, quando vem as enchentes as águas se esparramam pelas encostas e vai se embebendo por todas as vazantes, dificultando seu curso até as barragens. Como resolver isso, as terras são propriedades particulares, os rios pertence a união, as águas são comandadas pela ANA e INEMA. A Prefeitura que recebe todas as reclamações  e na realidade é quem tem menos condições para resolver esses problemas. A Prefeitura tem tomado os devidos cuidados com relação ao uso de água, perfuramos um poço tubular dentro do Estádio “Parmenão” para usar na irrigação da grama, usar também nas escolas e no Hospital, evitando assim, retirar mais água da Barragem. A prefeitura não tem poder de vetar as bombas particulares instaladas e retirando água da Barragem infelizmente. A solução de tudo isso seria a construção da Barragem dos Morrinhos que hoje ela está orçada em 80 milhões e levaria em torno de 4 a 5 anos para ser construída”. findou o Prefeito Silvan.

O diretor da Embasa Joselito Pires Lima

O diretor da Embasa Joselito Pires Lima, “Disse que o problema do assoreamento das Barragens e dos rios é devido ao desmatamento descontrolado, que o próprio homem o pratica. As mudanças climáticas também é outro fator decisivo, pois, assim sendo chove menos. A solução a longo prazo seria o reflorestamento das matas ciliares, o  que não é tarefa da Embasa. Podemos colaborar, por exemplo, fazer uma campanha adote uma árvore plante e cuide dela para melhorar ao oxigênio da nossa atmosfera, temos que respeitar o meio ambiente. Temos em estoque hoje 960 mil metros cúbicos de água, os donos dessa água são Denocs e Ana. A Embasa usa 65 mil metros cúbicos mês, por tanto tem um estoque para aproximadamente 10 meses de uso. A Embasa cobra taxa mínima para quem usa até 6 mil litros de água mês e fazemos aqui uma coleta diária de água para análise de 25 amostras. A Embasa tem um objetivo de levar água tratada para o homem do campo. A Embasa não vende água, ele cobra taxa de serviços. A Embasa não é uma empresa que visa lucro”, filosofou o diretor regional da Embasa Dr. Joselito Pires Lima.

Padre José Silva Figueiredo

O Padre José Silva “Disse quando se vem para uma audiência pública entendemos que uma serie de medidas tem que ser tomadas a partir da necessidade do assunto do qual  se trata, nesse caso aqui, grande parte da sociedade não está tendo a consciência da gravidade do tema, muitos só vão se ater após abrir as torneiras e não sair água, aí sim, começam a correr atrás para resolver o problema. Mas confesso que não fiquei muito feliz, por não ter sido apresentado um caminho a ser seguido com mais clareza, por exemplo, temos que começar a partir de amanhã escalonar os bairros que receberão água, ou algo semelhante, temos que ter medidas  mesmo que sejam duras, porém necessária para que amanhã a população não venha ficar sem água de tudo, estamos vendo aqui um problema político, mas contudo e mesmo assim, tem que ser solucionado o quanto antes”, pontou o Padre.

Fotos: JFC

 

 

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