Dia: 12 de julho de 2019

Pedro Aleixo: Barragem se rompe na Bahia

Da Redação/Fonte: G1

A barragem do distrito de Quati, em Pedro Alexandre, município baiano na divisa com Sergipe, sofreu um rompimento no final da manhã desta quinta-feira (11). Ainda não há registro de feridos.

De acordo com informações, o temporal que cai na região ajudou a comprometer a estrutura da barragem, que faz a contenção da água do Rio do Peixe, e uma parte da estrutura rompeu, fazendo com que uma grande quantidade de água invadisse o povoado de Quati, atingindo inclusive o município vizinho de Coronel João Sá. A rodovia BR-235 também foi tomada pela água, lama e está intransitável.

Desde o início da manhã, a administração de Coronel João Sá, que fica em um nível abaixo da barragem e é cortado pelo Rio do Peixe, pede para cerca de 120 famílias que moram às margens do rio, que deixem o local. No total, 300 pessoas vivem na área considerada como risco de ser atingida pela água.

Até por volta das 15h30, a prefeitura ainda não tinha conseguido fazer a retirada das pessoas das casas. Os moradores, segundo o secretário de comunicação, se recusam a deixar os imóveis. Chove forte na região entre Pedro Alexandre e Coronel João Sá há, pelo menos, 5 dias. A barragem do Quati transbordou por volta das 6h desta quinta, e a estrutura se rompeu às 11h.

Cadeirante precisa subir escada sentado por perícia no INSS

Foto: Reprodução/G1

O professor Jorge Crim, de 62 anos, que é cadeirante, passou pela humilhação de precisar subir a escada da agência do INSS da Avenida Marechal Floriano, no Centro do Rio, nesta quarta-feira (10), sentado. O elevador do prédio não estava funcionando e o professor, que foi ao local fazer uma perícia, precisou ser submetido a essa situação.

Assim que chegou no local, Crim foi avisado que o elevador não estava funcionado e que teria que usar as escadas. Por ser cadeirante, ele perguntou se não tinha outra solução e ouviu dos atendentes que o jeito seria remarcar a consulta. Só que, há seis meses atrás, ele esteve na mesma agência, com hora marcada, e o elevador também estava quebrado.

Nesta quarta-feira ele disse que não tinha mais tempo a perder e precisava fazer a perícia. “Eu moro em Santa Cruz, é longe. Gasto muito dinheiro para chegar ao Centro do Rio. Não podia perder mais um dia de trabalho e mais dinheiro”. O jeito foi então subir as dezenas de degraus do prédio do INSS sentado.

O motorista do carro que levou o professor até o local ajudou colocando folhas de jornal no chão para que ele sentasse enquanto subia as escadas. Foram mais de 10 minutos para ele conseguir chegar no topo de escada. Enquanto isso, nenhum atendente do INSS aparece nas imagens para auxiliar.

Jorge contou que um segurança até ofereceu ajuda, mas queria carregá-lo pelas escadas na cadeira de rodas. “Eu peso mais de 100 quilos, como ele ia me carregar? Seria um risco ainda maior de acidente, para mim e para ele”. Depois de ser atendido, o professor voltou para casa muito cansado e cheio de dores. “Ainda tenho aula para dar, preciso disso para sobreviver. Mas estou todo dolorido, é um absurdo”, afirmou ao G1.