Dia: 30 de janeiro de 2019

MENSAGEM: Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM (Dom Beto) Bispo da Diocese de Juazeiro – Bahia Acerca dos Crimes em Mariana e Brumadinho

“Dito isso, Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e aplicou-a nos olhos do cego” (João 9,6).

Nestes dias estamos na Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais, assessorando um Encontro de Formação Permanente para presbíteros do Regional Leste II da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo). Bem perto, geograficamente e no afeto, das vítimas dos crimes provocados pela Companhia Vale do Rio Doce, para a qual o lucro e os sucessos nas cotações importam incomparavelmente mais que vidas humanas e de tantos outros elementos da Criação, nossa Casa Comum. Compaixão e indignação são sentimentos que perpassam nosso coração de pessoa humana e de Pastor do Povo de Deus. Até que ponto chegamos! A ganância e a avidez pelo lucro enceguecem e desumanizam os responsáveis por esses crimes hediondos e ferem o princípio fundamental do valor incondicional da Vida (princípio ético de qualquer civilização). Vítimas de Mariana ainda esperam, entre dor e cansaço, seus direitos serem respeitados e assegurados.

Temos, ainda, acompanhado com grande apreensão os risco reais de que o veneno que escorre com a enorme quantidade de lama, substâncias e sedimentos diversos em densidade e em grau de contaminação, chegue às águas do Rio São Francisco, nosso Velho Chico. Ele é nosso irmão e o pai das populações por onde suas generosas águas fluem até desaguarem na imensidade do Atlântico (após percorrerem 2.700 km de sua extensão). Estudos realizados comprovam que tal veneno nem sempre terá a visibilidade da lama que destrói e provoca mortes imediatas, comporta grau nocivo e letal. Podemos imaginar, apreensivos, o que pode ocorrer se medidas efetivas e imediatas não forem tomadas no sentido de que esse material contaminante não chegue à bacia hidrográfica do Rio da Integração Nacional.

Convocamos a todos, pois, a exigirmos das autoridades competentes que sejam tomadas medidas cabíveis e urgentes no sentido de garantir a preservação de rios e córregos ainda não envenenados pelo fel dos criminosos movidos pelo afã do dinheiro “fácil”. Existem mais 332 barragens na bacia do Velho Chico. Tais medidas são plausíveis e os recursos para tantos não faltariam quando legal e eticamente exigidos de quem tanto se beneficiou com a vulnerabilidade de populações inteiras e de tantos a elementos da Criação.

Por outro lado, pedimos ao Senhor que a lama que corre e escorre, represas de ganância e cobiça, abra nossos olhos das brumas que ofuscam a sensibilidade moral e a responsabilidade pelo cuidado com a Vida. Que não represemos, com olhos abertos pelo toque recriador daqu Ele que com uma porção de lama abriu os olhos do cego, nossa compaixão indignada e a capacidade de repensarmos este mundo e nossa convivência.

Caetité: Mineradora de urânio é condenada por não garantir segurança de terceirizados

Bahia Notícias

A mineradora Indústrias Nucleares do Brasil S.A (INB), em Caetité, foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar indenização de R$ 100 mil por danos morais coletivos por tratar diferenciadamente seus funcionários efetivos e os terceirizados, no treinamento e nos cuidados com a segurança. De acordo com a ação, os terceirizados trabalham sem equipamento de proteção, inclusive numa das áreas da mineração que chegou a ser interditada por risco de contaminação radioativa em 2011. Ainda cabe recurso.

A ação civil pública foi movida elo Ministério Público do Trabalho (MPT), a partir de uma denúncia feita pelo Sindicato dos Mineradores de Brumado e Microrregião.A indenização deverá ser revertida em favor de instituição local de utilidade pública, ainda a ser escolhida. A decisão de condenar a empresa foi proferida pela juíza Karina Carvalho, titular da Justiça do Trabalho em Guanambi. Para a magistrada, a discriminação produziu “além de danos patrimoniais de natureza individual, dano moral em toda a coletividade”.

Emissão digital de certificado internacional de vacinação é liberado pela Anvisa

Da Redação – Fonte: A. Saúde

A partir de agora ficou mais fácil o cidadão obter o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a emissão digital do certificado internacional de vacinação.

O cidadão pode fazer a solicitação do certificado, após tomar a vacina. O que garante a entrada em alguns países com exigências de vacinas específicas, por meio do site Portal de Serviços. O processo pode levar até 5 dias úteis. Uma vez analisado, o usuário receberá uma mensagem avisando sobre o certificado para impressão e assinatura. O arquivo fica disponível para impressão sempre que necessário.

Segundo a Anvisa, mais de cem países exigem o Certificado Internacional de Vacinação do viajante, para comprovação em especial da imunização contra a febre amarela. Casos da Austrália, Bahamas e Tailândia, onde não é permitida a entrada sem o documento, inclusive para conexão.

Encontro irá discutir a viabilidade de gás natural em Vitória da Conquista

Vitória da Conquista irá receber na próxima quinta (31) o evento

Gás Natural em Vitória da Conquista – Estudo de Viabilidade Técnica. Promovido pela Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás, o encontro, tem o objetivo de discutir as possibilidades de trazer o gás natural para o município.

Segundo as informações divulgadas, a ideia é que evento este seja um primeiro passo para um possível acordo de cooperação com a gestão municipal para que o gás chegue à cidade.

O evento, voltado para empresários, investidores e autoridades do município, além da população local que tenha interesse no assunto, acontecerá às 9 horas, no auditório da Faculdade Independente do Nordeste (Fainor).

Percepção da corrupção no Brasil é a pior desde 2012, aponta relatório internacional

O Brasil caiu dois pontos em 2018 no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, divulgado nesta terça-feira, e caiu nove posições no ranking de países. A nota do país foi de 35 pontos no ano passado, contra 37 em 2017. A escala vai de 0 a 100 e quanto menor o valor, maior a percepção de corrupção.

Na apresentação do relatório, na manhã desta terça-feira, o conselheiro da IPC no país, Joaquim Falcão, citou o impacto do fenômeno nos investidores como no caso da Vale, após a tragédia em Brumadinho (MG). Foi a terceira redução seguida na pontuação do Brasil. Além disso, o índice do país foi o pior desde 2012, quando começou a vigorar a atual metodologia do estudo.

De acordo com o jornal o Globo, o Brasil ficou em 105 no ranking, entre 180 países, empatado com Argélia, Armênia, Costa do Marfim, Egito, El Salvador, Peru, Timor Leste e Zâmbia. A Dinamarca ficou em primeiro lugar. O Índice de Percepção da Corrupção é calculado a partir de 13 fontes de dados diferentes, de 12 instituições distintas, que estimam as percepções de profissionais do mercado e especialistas sobre a corrupção no setor público.