Dia: 29 de maio de 2016

Cabeleireira faz campanha para ajudar criança com doença rara em Rio do Antônio

Natália Calisto Alves, de apenas três anos, sofre de epidermolise bolhosa – uma doença do tecido conjuntivo, ainda sem cura, que causa bolhas na pele e membranas mucosas, com uma incidência de 1:50.000 e resulta de um defeito na fixação da epiderme na derme, o que provoca fricção e fragilidade da pele. Moradora da cidade baiana de Rio do Antônio, Natália é filha de lavrador e mãe dona de casa.

Ambos não têm condições de manter o tratamento da doença da filha – que acomete ainda mais cinco pessoas da família. Tocada pela história, a cabeleireira Aline Teixeira da Silva Coutinho, de 27 anos, resolveu começar uma campanha nas redes sociais para ajudar a garotinha e sua família.

“Eu conheci a história dela na minha igreja. Aí fui ver a menina e perguntei à mãe dela como poderia ajuda. Ela me disse que queria comida e remédios para a filha. Então vi que ela queria o básico”, contou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Ainda segundo Aline, a campanha para ajudar Natália começou em março e, com o dinheiro arrecadado, a menina já foi trazida para especialistas em Salvador, além de conseguir ser atendida por médicos de Vitória da Conquista – da Uesb – que desenvolvem uma pesquisa com o Hospital Universitário de São Paulo.

Com o dinheiro arrecadado, Aline pretende também comprar uma nova casa para Natália, pois ela mora na zona rural da cidade, “em um lugar com muita poeira e calor, o que é muito ruim para ela”. Para ajudar Natália, as pessoas podem entrar em contato através do telefone (77) 98815-2565.

Parada gay em SP tem cartaz e gritos de ‘Fora Temer

Com gritos e cartazes, ativistas da causa LGBT protestam contra o governo Michel Temer (PMDB), neste domingo (29), na 20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. O ato ocorre na Avenida Paulista, na região central e foi marcado para as 10h, mas cerca de uma hora depois os participantes ainda estão chegando. Eles gritam “Fora Temer” e “Volta Dilma”. Erguendo um cartaz de “Fora Temer”, a ativista Phamela Godoy diz que, em duas semanas de governo interino, houve recuo nas conquistas LGBT. “Nós não podemos nos furtar de discutir a agenda política do País. Quando os grupos conservadores avançam, os direitos LGBT são os primeiros a serem atacados”, disse.

Phamela cita o fim do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, além da Coordenação de Política LGBT e a redução no orçamento de políticas de prevenção da Aids. “Em um País que não respeita a democracia, não é possível discutir direitos para minorias”, afirmou.

Neste ano, a edição da Parada terá como principal bandeira a aprovação da Lei de Identidade de Gênero para travestis e transexuais. Serão 17 trios voltados para o tema. A organização estima que 2 milhões de pessoas participem do evento, que vai terminar com um show no Vale do Anhangabaú.

Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Fernando Quaresma, transexuais são vítimas de “crimes com requintes de crueldade” e excluídos por não poderem usar oficialmente sues nomes sociais. “Ajuda a evitar vários problemas, como evasão escolar, falta de absorção no mercado de trabalho e problemas com a familia”, disse.

“Nós queremos dar visibilidade ao segmento ‘T’. Não só em São Paulo, em grandes centros, mas principalmente no interior sofre muito com ‘LGBTfobia’, com o preconceito e a vida à margem da sociedade”, afirmou.

Quase mas também destacou a Parada como espaço para discussões políticas e afirmou que “não adianta ter uma estrutura que não é voltada para o povo”. “Nós lutamos todos os dias pelos nossos direitos. As pessoas preconceituosas, que tem a ‘LGBTfobia’ nas veias, não param de trabalhar um dia para quebrar nossos direitos.”